Galvão Bueno se tornou dono das narrações da seleção em 1993.
Ele voltou da falida experiência da Rede OM (Organizações Martinez) no Paraná.
Foram exatos 29 anos, até o fim da Copa do Mundo do Catar, quando a Globo decidiu aposentar o narrador de 72 anos.
Antes, ele havia transmitido jogos do Brasil por seis anos.
Ou seja, por 35 anos, foi a voz do selecionado mais vencedor da história do futebol.
Somando as vezes em que ele fez revezamento de transmissões, são 41 anos.
Teve a chance de narrar a conquista das Copas do Mundo de 1994 e 2002.
Mas também a derrota na final do torneio na França, em 1998. As frustrantes passagens em 2006, 2010, 2018 e 2022.
Em 2014, com a Copa no Brasil, narrou, em um misto de vergonha e revolta, a maior derrota da seleção em todos os tempos.
O fatídico 7 a 1 para a Alemanha, na semifinal do Mundial, no Mineirão.
Galvão tinha enorme espaço na Globo. Era o único profissional do esporte com liberdade para criticar os treinadores, jogadores, os selecionados.
O que não podia falar deixava implícito.
Fazia com maestria.
Mas construiu inimizades que jamais recuperou, apesar de inúmeras tentativas.
Felipão e Neymar são os dois maiores exemplos.
PortalCoremas com R7